segunda-feira, 28 de julho de 2014

Agroindústrias do estado apostam em qualidade e produtos gourmets


Os destaques são o café e a cachaça, premiados em concursos internacionais, além de doces, compotas, geleias e laticínios

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As boas notícias não param por aí: com a regularização, as pequenas empresas diversificam a produção e focam na qualidade, como observa a Secretaria Estadual de Agricultura.

— Assim como na França e outros países europeus que não dispõem de grandes territórios, a vocação do estado do Rio não está no volume, e, sim, na produção qualificada. A agroindústria familiar fluminense vem se firmando pelo padrão de qualidade e por apresentar como diferencial sua convivência harmoniosa com o meio ambiente — observa o secretário estadual de Agricultura, Alberto Mofati.



Entre os produtos que se destacam, estão o café e a cachaça, premiados em concursos internacionais, além de doces, compotas, geleias e laticínios. Parte dessa evolução poderá ser conferida de perto na Feira dos Sabores, que vai reunir mais de 25 produtores de todo o estado no Jockey Club, durante o Rio Gastronomia, de 14 a 24 de agosto. Nos dois fins de semana do evento — uma realização O GLOBO, com apresentação da RioTur, patrocínio master da CEG e do Sebrae, patrocínio do Azeite Gallo e Nextel, apoio Senac, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Airfrance e Deli Delicia, parceria do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio) — o público poderá conhecer e provar as delícias produzidas por cerca de 40 famílias do estado.

Só de cachaça serão 19 rótulos. E a fartura não é à toa: a branquinha produzida no Rio é das melhores. Só para se ter uma ideia, no país apenas 33 cachaçarias alcançaram selo de qualidade do Inmetro: nove delas estão no estado do Rio.

— O Rio é hoje um polo de excelência em cachaça. E vem se firmando cada vez mais nesse sentido, com a premiação em concursos — avalia Kátia Espírtio Santo, presidente da Apacerj, e produtora da cachaça da Quinta, medalha de ouro dupla no mundial de destilados em Bruxelas (Spirits Selection 2013).

Neste ano, outros rótulos foram agraciados com a medalha dourada do Spiris Selection: Engenho D’Ouro (Paraty); da Quinta (Carmo); Paratiana (Paraty) e São Miguel (Quissamã).


Café gourmet

O café é outro que resgatou seu espaço com o foco na qualidade. Depois do declínio da produtividade nas fazendas do Vale do Paraíba, os produtores vislumbram um novo mercado nos cafés gourmets. Gradativamente, a produção aumentou: em 2013, foram 340 mil sacas de café de 60 quilos, enquanto que há dez anos eram cem mil.

— O foco da cafeicultura fluminense mudou para a qualidade. Se de um lado temos os produtores investindo, de outro temos o consumidor interessado, valorizando cada vez mais os cafés gourmets — avalia Efigênio Salles, presidente da Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio.

A produção artesanal, muitas vezes sem agrotóxicos e aditivos químicos, é outro diferencial dos produtores do Rio. Os sócios Gilson Gomes e Adolfo Pompermaier, proprietários do sítio Humaytá, em Secretário (Petrópolis), plantam frutas nos 13 hectares da propriedade, sem o uso de produtos químicos. De lá, saem 55 variedades de geleias, chutneys e compotas. Tudo sem conservantes. Os produtos ganham os salões de hotéis e restaurantes cariocas.


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