Venda para público do Rio Gastronomia e para restaurantes supera expectativas
POR HELEN COUTO
21/08/2014 9:33
Da fazenda. Feira dos Sabores reúne 20 barracas com produtos da
agroindústria do estado do Rio no Jockey - Marco Sobral / Marco Sobral
RIO - Dono da Cachaça São Miguel, Haroldo Carneiro da Silva chegou sexta-feira ao Jockey Club levando as 100 garrafas da bebida que esperava vender no primeiro fim de semana do Rio Gastronomia. No sábado, precisou ligar correndo para sua fazenda, em Quissamã, e pedir para levarem mais. Em três dias, lá se foram 218 garrafas. Feliz da vida, ele diz que espera vender 20% a mais no próximo fim de semana. Como Haroldo, todos os pequenos produtores que participaram da Feira do Sabores comemoram os bons negócios.
— Fechei com o Copacabana Palace, fiz um acordo internacional para outubro e enviarei 400 garrafas para o evento Salone Del Gusto, em Turim, na Itália — conta, orgulhoso. — Além das vendas, é muito bom fazer contato com os chefs e com os outros produtores para trocar informações de fornecedores, como embalagens.
Mas não foi só a cachaça que vendeu como água. Gilmar Carino, dono do Laticínio Boa Fé, de Santa Maria Madalena, vendeu, de sexta a domingo, 500 quilos de queijo curado, 300 peças do condimentado e 150 unidades do frescal branco — todos por R$ 30, o quilo.
— Durante o evento, vendemos para a Casa Santos, na Tijuca, e para o Empório Farinha Pura, em Botafogo. Para o próximo fim de semana, vou levar 1.300 quilos de queijo — conta Gilmar, que dá conta de sua produção apenas com ajuda a mulher e do filho.
Doces em compotas, mel, água de coco, derivados de leite de cabra, embutidos, defumados, palmitos orgânicos, frutas desidratadas, truta e salmão defumados (em filés e patês), doces sem açúcar, pato defumado, tapiocas e cachaças. Direto da agroindústria familiar fluminense para as 20 barraquinhas da Feira dos Sabores, os produtos estarão novamente à venda no segundo fim de semana do evento, de sexta a domingo.
— A Feira é uma vitrine para os pequenos produtores e a possibilidade de o público comprar com preços mais em conta — ressalta Jairo Silva, gerente do programa Prosperar, da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária.
Para pegar os consumidores pela boca, praticamente todos os vendedores ofereceram provinhas de seus produtos. A tática deu certo para o produtor dos doces e compotas Variedades da Roça, de São Sebastião do Alto, Thiago Gaio, que aproveitou o evento para lançar o sabor doce de leite com banana. Vendeu tudo. Em sua barraca, havia mais de 30 variedades, e os preferidos foram ambrosia e doce de leite puro, com ameixa e com maracujá (todos a R$ 8, o pote de 400 gramas, e R$ 12, o de 650 gramas).
— Vendi 700 potes, 200 a mais do que esperava. Então, para o próximo, vou levar mil. E ainda fiz um contato para vender meus doces no Walmart — vibra Thiago Gaio.
Firmino de Aguiar, da Salsicharia Santana, de Nova Friburgo, também era só sorrisos no domingo à noite. Levou — e vendeu — 440 quilos de linguiça (R$ 20, o quilo), 100 quilos do kit feijoada (costelinha, linguiça, lombo e bacon defumado, a R$ 15) e 40 quilos de lombo defumado (R$ 30). E pretende aumentar a quantidade dos produtos em 30% de amanhã até domingo.
Por causa do sucesso em seu primeiro fim de semana, o acesso ao Rio Gastronomia, de sexta-feira a domingo, será limitado, sujeito à lotação do espaço. O Rio Gastronomia é uma realização O GLOBO, com apresentação da RioTur, patrocínio master da CEG e do Sebrae, patrocínio do Azeite Gallo e Nextel, apoio Senac, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Air France e Deli Delícia, parceria do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio).
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